Homens (não meninos) quando resolvem entrar num relacionamento realmente são movidos por amor, por incrível que pareça. Esse amor costuma vir em forma de reconhecimento dos seus super-poderes de macho alfa. Querem ser admirados pela inteligência, sucesso profissional, conta bancária, desempenho sexual e capacidade de proporcionar experiências incríveis.
O motor do homem é saber que tem ao seu lado uma grande mulher que possa simplesmente reconhecer e potencializar sua ação no mundo.Alguém com quem possa ter orgulho de apresentar para os pais e amigos e dizer com brilho nos olhos: “minha mulher!”. Se tem aspirações em ser pai ele quer a mulher com valores sólidos e um tipo de vida que acompanhe seus ideais pessoais de crescimento pessoal.
Mas se ele começa a se deparar com uma mulher desanimada, pouco empenhada, crítica ao extremo e emocionalmente desequilibrada sua sede por construir algo junto diminui. Quando decide que vai namorar ele quer ter o mesmo nível de sucesso que tem no trabalho, afinal é o tempo e o esforço dele que estão em jogo. A traição não é a primeira hipótese que vem na cabeça do homem, afinal ele começa um relacionamento apaixonado pela mulher e sabe bem o que quer (até que se prove o contrário).
Ele tenta todos os meios (que parecem bons para ele e nem sempre para ela) para chegar numa solução, conversas (à moda masculina), passeios, viagens, surpresas, sexo de qualidade até perceber que essa mulher é insaciável ou que seu comportamento não tem perdão.
Diante de tantas críticas e ataques femininos recheados de greve de sexo e mau humor exagerado alguns sinais começam a despontar e mostrar que a relação vai mau. O ponto é que o homem tenta equilibrar todos os seus desejos sem ter que abrir mão de nada, por isso acaba agindo como uma criança gulosa e egocêntrica.
O homem costuma terminar efetivamente o relacionamento quando já tem outra fonte de satisfação emocional como um novo emprego, grupo de amigos ou uma potencial nova candidata. Dificilmente ele consegue terminar sem nenhuma outra perspectiva, afinal seu sentimento de autoafirmação não se sustenta sozinho. Além disso, é comum o homem ficar com o sentimento de culpa porque não supriu as expectativas da parceira, então para não sair como vilão da história ele leva o relacionamento até um ponto insuportável para a mulher.
O que seria o ideal? Que ele pudesse ser honesto e a mulher tivesse aberta a isso.
“Eu tenho me sentido cansado, triste e sem disposição de investir na relação nos últimos meses. Alguns acontecimentos me fizeram duvidar da nossa capacidade de seguir em frente juntos. Sei que tentamos algumas soluções, mas agora já não quero mais tentar. Agora seguimos separados e mesmo doendo para ambos não quero que tenha esperanças.”
Essa conversa é possível? Sim. Comum? Não. Agradável? Nem sempre. Soluciona? Na maior parte das vezes. Alguém tenta? Quase ninguém.
E assim segue os relacionamentos perturbadores inspirando enredos de filmes, livros e novelas.
E assim segue os relacionamentos perturbadores inspirando enredos de filmes, livros e novelas.